terça-feira, 11 de novembro de 2008

Que serviço!

Tenho um amigo e ex-colega de trabalho que é mestre em contar "causos". Um deles era, se não me engano, referente ao avô dele. Parece que o velho senhor era um baita corneteiro, e sempre que via alguém fazendo merda, largava o seu bordão: Que serviço!

Ah, serviços. Ah, merda de serviços. Eu vivo cercado por eles. Andei me acostumando com isso, mas graças ao bom Deus, tomei juízo novamente. Eu sou chato pra caralho, sou crítico, com tudo, mas, principalmente com o MEU TRABALHO. Resultado: meu trabalho, desculpe a modéstia, é muito acima da média. Já a experiência com o que me cerca é, invariavelmente, uma decepção.

Uau, o point do momento! Uh-hu, lugarzinho badalado, na boca dos colunistas e lotado com o chamado PIB local. Como a maioria dos clientes se contenta com muito pouco, a comida é aquecida no microondas, a cerveja demora pra cacete e o garçom entrega o vinho na mesa já ABERTO!!! Então eu digo: Que serviço!

Churrascaria dos magnatas! Uh-hu, só carrão no estacionamento. Já vi até Ferrari por lá. A comida é ridiculamente barata, mas o lugar é considerado de gente rica, assim como a carne. Meu pai, meu irmão e meus amigos são ninjas quando o assunto é preparar carnes, eu sou ninja quando o assunto é comer boa carne. Logo, EU SEI que o lugar serve uma carne medonha acompanhada de um serviço mediano. Mas a coisa vai, e vai muito bem, porque falta referência de boas churrascarias. O cliente, geralmente, é da Paz. E aceita. Mas eu digo: que serviço!

Essas verdades, quando não combatidas, geram um desânimo nas novas gerações em fazer melhor. Recentemente ouvi alguém dizer que eu não faria uma foto de Criciúma tão bonita quanto a de um estúdio famoso... pois "o cara" era bárbaro, tinha equipamentos inigualáveis e por aí vai. Me foi sugerido que eu nem tentasse, mas sim que comprasse a tal foto. Eu procurei pela foto. Analisei-a e disse: que serviço! A minha resposta é uma imagem que vale por mil palavras. Eu não sou fotógrafo, mas bom senso não me falta.