terça-feira, 30 de setembro de 2008

Ainda sobre as eleições

Só pra avisar aos amigos, que o link com as denúncias foi tirado do ar. Isso porque a propaganda via internet está proibida pelo TRE. Engraçado isso, a veiculação no Youtube, que é gratuita e democrática sofre proibições, mas a de rádio e TV que custam o dinheiro dos nossos impostos não. Vai entender esse país.

Eu não tenho partido. Tenho aversão a todos, sem excessão. A única crença que tenho neles, é de que tais agremiações representam o que há de PIOR nesse país. Nem as melhores obras e ações de um governo são capazes de serem festejadas sem um respingo da podridão que envolve os partidos e seus partidários. Pois bem, digo isso pois quero me ater a outra crença: a crença nas pessoas.

Eu acredito que o Décio, pelo homem que é e não pelo partido que representa, é o único nome verdadeiramente relevante nesse pleito municipal. Falo isso porque presenciei uma de suas atitudes que me disseram tudo o que eu preciso saber sobre o seu caráter. Tive a oportunidade de criar e apresentar uma propaganda de TV na época do seu governo, e fiquei impressionado positivamente com a postura do candidato.

Há alguns anos, criamos um VT institucional, fazendo uma espécie de balanço das obra e ações da administração do Décio. A música ficou ótima, as imagens idem. Todos estávamos muito contentes com o resultado e era chegada a hora da apreciação do prefeito. Pois bem, o Décio analisou o material, pensou um pouco e disparou o inusitado:

"Não quero essa cena com o cadeirante atravessando feliz a faixa de pedestres! Ela não corresponde aos propósitos, porque muito pouco foi feito em termos de acessibilidade. Vocês provavelmente filmaram em uma das únicas esquinas onde o acesso às cadeiras de rodas são possíveis. Não quero. Pode tirar"

Dá pra acreditar nesse nível de sinceridade e sensatez de um político? Pois eu vi e ouvi com meus olhos e ouvidos. Ficamos sem ação, ainda mais que a cena era, de longe, a mais bacana do comercial inteiro. Qualquer político iria vibrar com uma cena daquelas, qualquer prefeito iria veicular com orgulho e vaidade aqueles dois segundos de uma rodopiada sobre rodas de um cadeirante feliz em morar em Criciúma.

Mas eu não estou falando de políticos, estou falando de pessoas. Vale lembrar ainda que o Déicio, antes de prefeito é arquiteto, profissão onde a acessibilidade e funcionalidade é vital em qualquer projeto. Eu fiquei convencido. E você? Não ficaria?