quarta-feira, 16 de abril de 2008

Nike. Um ano sem o Melhor Cão do Mundo



Esse é o Nike, o cachorro mais perfeito do universo. Estamos completando um ano sem ele e aprendendo a gostar de outros cachorros. A gente adora os nossos, mas existem tantas diferenças, que a adaptação é bem mais delicada.

O Nike não latia, ele falava. Falava com os olhos, falava choramingando, falava com a pata e era sempre compreendido, impossível não saber o que ele queria. Impossível não atender o que ele pedia. Mas o que mais impressionava era o que ele retribuía. Não falo em dar em troca, pois cachorros costumam se doar unilateralmente. Ele era o guardião da casa e da gente, protegia a Vanessa o tempo inteiro, mesmo quando a situação não era uma ameaça. Além disso, era bipolar: uma hora estava rabugento, reclamando e rosnando para a vida, outra estava cantando e uivando comigo no carro. Era praticamente o Axl Rose do mundo animal. O bicho era tão malucão que não sabia brincar, ficava tão ansioso e alegre com os brinquedos novos que os destruía em segundos. Bolas, bonecos, qualquer coisa. Nada durava com o Nike. Só a saudade que ele deixou.